segunda-feira, 9 de março de 2015

Uma raposa

                Considerando a dor um mecanismo de defesa que nos permite evitar o estímulo doloroso a fim de garantir nossa integridade e sobrevivência, vivemos fugindo (ou pelo menos tentando fugir) daquilo que nos causa tão indesejável experiência.
                Diversas vezes nos permitimos viver situações em que a tão temida dor é fim certo e premeditado. E depois dela sempre estamos a pensar que tudo poderia ter sido evitado, ou ainda lembramos do que cantava Los Hermanos: "E se eu fosse o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?".
               O fato é que nunca saberemos se agir como a música teria sido o melhor, visto que o modo como agora somos também foi moldado pela dor que vivemos.
               Nossas dores e decepções são essenciais para construirmos quem somos, e certa vez aprendi com uma raposa que toda e qualquer situação serve-nos de aprendizado, assim como ela me disse no livro Sandman: caçadores de sonhos:

"- Tudo que fiz. - ela disse - Tudo que tentei fazer. Por nada.
- Nada é feito inteiramente por nada - comentou o Raposo dos sonhos - Nada se perde. Você está mais velha, você tomou decisões, não é a mesma raposa de ontem. Aceite aquilo que aprendeu e siga em frente!"

              

domingo, 20 de abril de 2014

Fernão, minha gaivota

           Por entre a luz negra nossos olhares se encontraram e por um descuido do acaso sua voz chegou até mim. Seu cabelo era tão leve e vivo que o seu movimento era o único que me importava.
           Seu riso de criança e suas ideias malucas de como mudar o mundo me fascinaram que eu poderia passar toda a noite calada, bebendo de cada palavra que saía da sua boca.
           E de todos os seus encantos, foi a sua liberdade que me impressionou.. O jeito com que seu corpo se balançava no ritmo da musica e sua maneira despreocupada de cantar, naquele momento você era o mundo e o mundo também era seu. E eu era feliz só de ser parte dele.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Por que e para que fazer ciência?


Se todo ying tem seu lado yang por que na ciência seria diferente? Como usá-la? Até que ponto podemos modificar o ser humano com a nossa inteligência??
Se no passado a criação de vacinas ou a descoberta de antibióticos causaram um grande impacto na saúde, qual será o impacto que nos aguarda no futuro? E se algum transumanista conseguisse realizar modificações genéticas a ponto de tornar o ser humano mais forte, mais saudável e inteligente. Até que ponto poderíamos ser Deus?

O livro Inferno de Dan Brown me abriu este questionamento e ainda não encontrei uma resposta, alias, este não é um assunto para se ter respostas e sim pensamentos.

E você, pra que faz ciência?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Despedida


 

          Você quis ir embora e eu relutei, por tanto amar-te não permiti que partisses. Hoje eu entendo que seu lugar não é mais ao meu lado, chegou o tempo da primeira e é a sua vez de buscar novas flores. Não penses que a liberdade que te dou seja por falta de amor ou saudade, só quero que vivas onde quiseres sem ter medo de me magoar.
          Nunca pensei que chegaria o dia de dizer-te essas palavras, mas adeus. Guardarei comigo a lembrança dos dias felizes e esperarei ansiosamente pelos que hão de vir, pois onde existe eternamente nossa alma não existe tempo nem espaço entre nós.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A química da poesia

"Em geral, a respiração nada mais é do que uma combustão lenta de carbono e hidrogênio, semelhante à que ocorre em uma lâmpada ou vela acesa, e assim, sob este ponto de vista, os animais que respiram são verdadeiros corpos combustíveis que queimam e consomem a si próprios."

Antoine Lavoisier

quarta-feira, 7 de março de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012



  Eu não quero ter a felicidade ao alcance das mãos, quero ter a incessante insatisfação de estar viva! Gosto da profunda inquietação que a consciência da existência me causa.
    E todo dia um admirável mundo novo se apresenta, a cada instante tudo adquire um novo sentido, tudo se renova.
    E essa capacidade de pensar me torna singular, me traz a consciência de ser um tanto bem maior!


Para os que procuram ver um horizonte distante eu recomendo:  - Admirável Mundo Novo de  Aldous Huxley